PRESÍDIO DA POLÍCIA MILITAR "ROMÃO GOMES"

Assista, abaixo, um programa onde o repórter Valmir Salaro apresenta o interior do Presídio da Polícia Militar "Romão Gomes", em São Paulo. Esta foi a primeira vez que uma equipe de televisão registrou o cotidiano deste cárcere exclusivo de policiais militares do Estado de São Paulo.

Coloquei esta postagem à disposição de vocês para que conheçam o local onde cumprem pena os policiais militares julgados (ou acusados) por homicídio, roubo, furto, extorsão, estupro, agressãoformação de quadrilha. São apenas alguns dos vários exemplos de violência policial e abuso de autoridade que existem por aí.

Você, representante de qualquer órgão oficial de Segurança Pública, deve assistir este programa para aprender com os exemplos de policiais que foram tão (ou mais) cruéis que os bandidos que juraram combater.

Na última parte, o ex-policial Otávio Gambra, o "Rambo", relata sobre a sua "passagem" pelo presídio e narra fatos muito interessantes. Ele afirma que, quando o policial sai do curso de formação de soldados, vê em todo "paisano" (termo policial que designa quem não é policial) um inimigo.

Ele cita uma frase de "efeito" em seu depoimento, que costumava usar em palestras para alunos do curso de formação de soldados, para que refletissem sobre os seus erros: "É melhor vocês 'engolirem um sapo' na rua, do que engolirem um brejo inteirinho, todos os dias, aqui no Romão Gomes!". 

Sinto que, em seu depoimento, ele reconhece seus erros mas, infelizmente, ainda acredita piamente que estava em uma "ocorrência tipicamente policial" e no estrito cumprimento do dever, quando disparou sua arma displicentemente no veículo que estava conduzindo o metalúrgico Mário Josino, acertando-o no pescoço e assassinando-o (Março de 1997). Ele disse que o motorista do veículo fez menção de parar o mesmo (não é isso que se vê no vídeo) e por isso deu um tiro para o alto (também não é o que se vê).

Ele disse ainda, ter recebido total apoio dos "homens da corporação, desde soldado à coronel" por ter sido uma "ocorrência tipicamente policial".

Agora pergunto à você, caro leitor deste blog:

Passaram-se, praticamente, 14 anos desde esta "ocorrência" fatídica e sei que a Polícia Militar do Estado de São Paulo procura melhorar constantemente o treinamento dos seus profissionais mas, se esta foi uma "ocorrência tipicamente policial" (ou seja, o "tipicamente" à que "Rambo" se refere, é o comportamento e procedimento natural do policial militar), quantos policiais (de soldados à coronéis) da "velha escola" ainda estão na ativa e compartilham o mesmo pensamento e "modus operandi" do entrevistado?!?

1ª Parte


2ª Parte


3ª Parte

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